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quarta-feira, 17 de junho de 2015

Na paz dos anjos...

Sim, quando a noite vem
Tão envolvente e calma
O sono chega e me enleva
Sinto o descanso na alma

Eu encontro na vossa paz 
Sítios onde me sinto segura
Vocês são porto de abrigo
Um local de amor e ternura

Vivo assim mais descansada
Sei que sempre me protegem
Mesmo em dias de trovoada
Os relâmpagos mal se sentem


Tudo aqui está tão confuso
Pensamentos fluem sem parar
Ainda não me lembro de nada
E não sei se quero lembrar...

Amigos como vocês não há
Anjos que me guiam e guardam
Nenhuma privação é tão má
Com o apoio que me dispensam.

Gostava de vos poder retribuir
Mas neste momento eu sou oca
Sabendo que muito está por vir
Digo o que não me sai da boca


por Alexandra Miranda
escrito a 27 de Abril 2015

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Vida pela metade...

Vou olhando imagens e fotos vazias
Tudo vai, tudo vem... Coisa incerta
Lembranças vãs de uns outros dias
São sonhos que me deixam em alerta

Todas as noites são um tormento sem par
Pesadelos... a solidão de pessoas sós
No meu sofrimento que parece não acabar
Dói-me a cabeça o peito e a também a voz

Grito mudo na escuridão do meu pensar
Ninguém me ouve, ninguém escuta enfim
Mesmo que nesta vida me sinta definhar
Acabo sempre por aceitar que não é o fim

Sentindo a música, a canção e o poema
Que bate bem forte no meu pensamento
Sinto-me tão presa nesta minha redoma
Como se estivesse sob um encantamento

Quero fugir e ser livre, como eu nunca fui
Para ser dona da minha própria vontade
Neste momento toda a minha mente flui
Para onde sou toda e não apenas metade!


Vida pela metade, 22-11-2014
escrito por Alexandra Miranda

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Memórias

Memórias, lembranças, recordações...
O tempo, a ansiedade e sim, a saudade
Nesta loucura que só me trás desilusões
Por buscar incessantemente a verdade!

Há uma nova vida, construída dia após dia
Onde todo o passado me parece tão distante
Onde tudo o que era ainda sou mas não sabia
Mas aprendo e vou guardando na minha mente.


Eu vivo numa constante aprendizagem
Como uma nova forma de me descobrir
Processando tudo aquilo que me dizem
Fico perdida, sem saber se chorar ou rir

Rio desta desgraça pois de chorar cansei
Pois já me contaram coisas tão estranhas
Algumas são loucas como nunca imaginei
Mesmo não lembrando, estão entranhadas

E a tua ausência causa-me tanto sofrimento
Tudo o que então vivi não sei se quero viver
Na minha cabeça tudo roda é um tormento
Não sei bem se o melhor não seria morrer!!!

Memórias
por Alexandra Miranda
Escrito no dia 11 de Novembro de 2014

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Brilhante escuridão...

Na escuridão deste meu mundo
Sinto-me só, tão triste... Enfim...
Há uma luz brilhando lá ao fundo
Tento chegar-lhe, dar muito de mim.

Mas tenho tanto medo deste escuro
Que como manto negro me envolve
Como será então este meu futuro?
Se sinto que a esperança se dissolve

Não sei em quem devo acreditar
Se me sinto cada vez menos eu...
Só dizem que me querem curar
Revolto-me, não sei que me deu!


Sinto-me frágil, ao sabor do tempo
Um tempo perdido e que não volta
As recordações são um contratempo
A memória que presa jamais se solta

Solto amarras, navego para longe
Nesta lua cheia de um mar revolto
Busco o meu 'eu' e o 'eu' que me foge
Para que possa chegar a bom porto.

Hanover, 01 de Junho de 2015
Dia Mundial da Criança
Alexandra Miranda