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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

The Wind, Frozen Wind


I’m here in the park
Thinking in nothing…
Really… nothing!

The wind is passing,
Passing for me.
To me;

And, I’m sited here,
Feeling the wind,
That is refreshing my face.

It’s cold.
Is winter?

I don’t have no place to go,
I live here, there…
Or, somewhere!

Probably I’m alone,
I don’t know.
I don’t even know,
Who am I and…
What I’m doing here.

I’m just sited in the city,
In this big city,
That is my life.

My life was to complicated,
To be lived,
That’s why I died.

Yes, I’m dead now.
And, I stay here just to feel the wind.

This wind that is frozen my face,
That is frozen my soul.


Alexandra Miranda (2007)

sábado, 30 de novembro de 2013

CADA LUGAR TEU

Sei de cor cada lugar teu
Atado em mim, a cada lugar meu
Tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
Tento esquecer a mágoa
Guardar só o que é bom de guardar

Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
Sem ter defesas que me façam falhar
Nesse lugar mais dentro
Onde só chega quem não tem medo de naufragar

Fica em mim que hoje o tempo dói
Como se arrancassem tudo o que já foi
E até o que virá e até o que eu sonhei
Diz-me que vais guardar e abraçar
Tudo o que eu te dei

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
E o mundo nos leve pra longe de nós
E que um dia o tempo pareça perdido
E tudo se desfaça num gesto só

Eu Vou guardar cada lugar teu
Ancorado em cada lugar meu
E hoje apenas isso me faz acreditar
Que eu vou chegar contigo
Onde só chega quem não tem medo de naufragar

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
E o mundo nos leve pra longe de nós
E que um dia o tempo pareça perdido
E tudo se desfaça num gesto só

Eu Vou guardar cada lugar teu
Atado em cada lugar meu
E hoje apenas isso me faz acreditar
Que eu vou chegar contigo
Onde só chega quem não tem medo de naufragar


Dedicada ao amor da minha vida... sim, és mesmo tu. S2

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Veneração - Parte II

Eu sentia o seu corpo, o meu corpo no dela, seios com seios, pélvis com pélvis e arranhando a sua pele eu fazia as mãos deslizar pelas pernas e coxas por de baixo do vestido, segurei no cós das suas cuequinhas e comecei a puxá-las… ela arquejou e tentou dizer algo mas eu abafei as suas palavras com um beijo e continuei puxando as suas cuequinhas para baixo, fazendo-as deslizar pelas suas pernas. Enquanto as despia aproveitava para ir sentindo a maciez da sua pele e ela, ofegante, segurava e puxava os meus cabelos à medida que eu me ia baixando… cheguei ao fundo, larguei aquele pequeno pedaço de tecido e voltei a senti-la.

Ela olhava-me com um semblante carregado de desejo e eu, regressando pelo caminho inverso, ia passando as minhas mãos pelas suas pernas tão lindas, bem torneadas. Eu babava com toda esta envolvência (comecei a salivar e sentia as minhas cuequinhas cada vez mais molhadas), ajoelhei-me no chão e comecei a beijar as suas coxas segurando o seu rabo por baixo do vestido e apertava de vez em quando as suas nádegas macias e tão durinhas.

Os meus beijos eram cada vez mais intensos, ela gemia cada vez mais alto e eu gemia também à medida que me aproximava da sua vulva e sentia o seu cheiro. Uau, como é bom o seu odor, já não aguentava muito mais e então, segurando na sua cintura sentei-a, ela inclinava a cabeça para trás e as minhas mãos deslizavam pelas suas coxas. Eu levantei o seu vestido, apertava e arranhava bem de leve a sua barriga e ia subindo por baixo do vestido até encontrar os seus seios, envolvi-os por cima do sutiã e ela gemia cada vez mais alto.

Sentia os seus seios intumescer e os seus mamilos ficando cada vez mais durinhos, eu rodeava um e outro, ainda por cima do sutiã e ela segurando os meus cabelos puxava com força… eu gemendo inclinei o meu corpo e fui beijando a sua barriga, descendo devagar não parava de a beijar e ela retorcia-se mais e mais…

- Ai amor, tu és tão louca… Meu Deus…

Eu levantei a cabeça e olhando-a nos olhos respondi:

- Amorzinho, estou prostrada a teus pés. Estou ajoelhada e rezo à minha deusa... tu encantas-me e dou por mim a venerar-te. Sim, qualquer sítio serve porque eu te quero sempre! Tu és minha!!!


Segurei-lhe nos joelhos, puxei-a mais para a beirinha e fui abrindo mais as suas pernas… beijei a sua vulva e deslizei, arranhando de leve, as minhas unhas pelas suas coxas. Eu ia beijando devagar, bem devagar e ela gemia mais e mais. Sentia a minha vagina cada vez mais molhada e a minha visão estava já a ficar toldada pelo enorme desejo que sentia, comecei a lamber o seu clitóris tocando-lhe com a ponta da língua e ela gemeu num grito abafado, olhei-a e percebi que ela estava a morder o dedo, eu continuei mas de uma forma mais firme e ousada fazendo deslizar a língua pela sua vagina, saboreá-la era fantástico, chupava e lambia sem parar em toda a sua extensão. Fui forçando então a entrada na sua vagina e a minha língua ia entrando e saindo devagar e eu estava a adorar lamber, chupar e penetrar a sua vagina tão apertadinha. O seu gosto é fantástico e deixa-me louca. 
Eu fodia sem parar a sua cona e a minha língua entrava fundo, o meu nariz esbarrava de vez em quando no seu clitóris e ela gemia e rebolava sem parar.

Envolvi então as suas nádegas, apertava-as e com força puxava-a para mim, retirando a língua de dentro dela eu passei a chupar e a chupar sem parar o seu clitóris, ela gemia cada vez mais alto… que tesão louco, que desejo incrível… estava excitadíssima e já escorria de tanto prazer.

Meti então dois dedos dentro dela e empurrei-os bem fundo, não sei se foi pela surpresa ou pelo prazer mas ela soltou um grito alto… o meu corpo entrou em convulsões e eu senti que gozaria a qualquer momento! Ela gemia, tremia e mexia-se sem parar… foda-se! 

Como ela é gostosa, como é boa! Eu tremia também imenso mas continuei a chupá-la e a fode-la sem parar, cada vez mais rápido… ela puxou então com força os meus cabelos e gozou na minha boca sedenta. Eu gozei também gemendo sem parar e com a cabeça enterrada entre as suas pernas que me apertavam… eu continuava lambendo e chupando o seu clitóris inchado, chupando sem parar e ela tremia, tremia muito e demais. Eu lambia tudinho para a deixar limpinha e os seus espasmos deixavam-na descontrolada. Assim, entre gemidos e gritos ela puxava os meus cabelos e em vez de me afastar empurrava mais a minha cabeça de encontro à sua vagina ainda muito encharcada. Eu adorei sentir o seu descontrolo e não me fiz rogada, fui lambendo e chupando, mais e mais… ela então veio-se ruidosamente e o meu rosto ficou molhado com o seu prazer! O seu mel escorria pelo meu queixo e eu lambia os meus lábios, era tão bom poder saborear o seu gosto.

Ela recompôs-se e olhou para mim enquanto me limpava e disse baixinho:

- Ai amor, fiquei tão molinha. Que loucura foi esta, como vamos sair daqui?

Eu rindo alto respondi-lhe:

- Vamos sair pela porta.

Ela então levantou-se, limpou-se e corando puxou as cuequinhas para cima. Eu olhava-a embevecida e tão apaixonada. Ela então ajeitou-se, olhou-me e veio até mim. Abraçou-me e pondo-se em bicos de pés beijou-me e por fim, puxando-me pela mão, retorquiu:

- Vamos amor? Estou a precisar de tomar um banho…

Eu interrompi e disse-lhe:

- Eu também estou a precisar amor, mas tens que ser tu a dar-mo!

Ela riu-se e saímos então de mãos dadas da divisória nem nos importando com algumas mulheres que estavam por ali e que nos olhavam de uma maneira inquisitória. 

Lavámos as mãos, o rosto e por fim eu beijei-a... depois saímos do bar e dirigimo-nos apressadas para o carro.

Continua no conto com o nome Expurgação.

Alexandra Miranda
** (26-11-2013) **

sábado, 23 de novembro de 2013

Veneração - Parte I

Aproximei-me devagar, ela arregalou os olhos quando me viu... a sua postura alterou-se, parecia nervosa, ajeitou-se na cadeira e desviando os olhos de mim colocou uma madeixa de cabelo solta atrás da orelha enquanto inclinava a cabeça... olhou-me nos olhos quando me abeirei dela e ficámos presas nesta troca de olhares tão profunda. Segurei-lhe no queixo, endireitei-lhe o rosto e aproximei-me devagar, fechou os olhos e esperou pelo beijo... Ena!

Ela estremeceu quando lhe beijei o rosto e não os lábios, eu sorri e sussurrei baixinho ao seu ouvido:

- És tão linda quando ficas assim sem jeito e atrapalhada.

Os seus olhos brilharam e cintilaram com as minhas palavras, no seu rosto lindo desenhou-se então um sorriso ténue, tímido e as suas bochechas ruborizaram... por fim recompôs-se, encarou-me e olhou para mim retorquindo:

- Não vais mesmo beijar-me?!

Eu fiquei algo sem graça com as suas palavras ditas assim de uma forma tão firme e decidida porque sempre a achei algo tímida. Tremi um pouco e senti-me ela, com o seu jeito tão delicado... contudo achei graça à sua mudança e o meu sorriso rasgou-se, arregalei muito os olhos e por fim comecei a rir. Ela juntou-se a mim e assim nesse momento riamos como loucas deixando toda a gente a olhar para nós.

Parámos de rir e aos poucos fomos recuperando do embaraço… Peguei na sua mão, estava fria e, puxando por ela, levei-a para um sítio mais isolado. Encolhemo-nos no nosso cantinho e abraçámo-nos num abraço apertado e muito sentido.

Olhando nos seus olhos fui passando a mão pelo seu rosto apreciando e sentindo a maciez da sua pele. Ela sorriu-me e aconchegou o rosto na palma da minha mão e disse baixinho:

- É agora que me vais beijar?

Aproximando-me dela eu sorri-lhe também e fui entrelaçando os meus dedos nos seus cabelos sedosos e, puxando-a para mim fiz os meus lábios tocar nos seus lábios. O tempo parou… os seus lábios são aveludados e macios, o beijo tornou-se, aos poucos, mais ousado e sedento.

A minha língua foi forçando a entrada na sua boca, uma das minhas mãos ia segurando a sua cintura enquanto a outra ia puxando suavemente os seus cabelos.
A minha mão desceu da sua cintura, passou pela lateral da sua anca e fui descendo mais e mais, arranhava de leve por cima do seu vestido e já sem fôlego soltei-me do seu beijo e ofegante olhava para ela que continuava de olhos fechados e lábios entreabertos mas respirando de forma pesada.

“Que lábios lindos ela tem.”

Ela abriu lentamente os olhos e pude olha-la “olhos nos olhos” e admirar os seus olhos castanhos “rasgados” e lindos. Ela sorriu-me e eu voltei a aproximar-me dela, fiz a minha mão deslizar pela sua coxa e senti a tua pele arrepiar com o meu toque… inclinando ligeiramente a cabeça ela foi fechando novamente os olhos.

Uma das minhas mãos foi puxando suavemente os seus cabelos enquanto a outra ia subindo por baixo do seu vestido e acariciava a sua coxa. Eu aproximei-me dela e pude ouvir os seus gemidos, eram baixos e controlados mas fizeram-me enlouquecer, eu tremia tanto, tê-la ali assim e rendida era demais para mim. Eu inspirei profundamente sentindo o seu perfume suave e adocicado, ela arrepiou-se inteirinha gemendo mais e mais. Eu nesse momento fui beijando o seu pescoço e ia subindo devagar, a minha mão foi massajando o seu couro cabeludo para que a minha deusa ficasse um pouco mais relaxada e ela com isso ia inclinando a cabeça mais para trás. Os meus beijos suaves eram cada vez mais sedentos e tão ousados, a minha outra mão continuava a deslizar pela coxa da minha amada e sendo um pouco mais afoita fui arranhando a sua coxa e depois apertei um pouco a sua nádega. Ela não aguentou e soltou um gemido mais alto e grave.

Eu senti as minhas cuequinhas humedecer e, não aguentando mais, sussurrei baixinho ao ouvido da minha menina linda:

- Vem comigo, vem… preciso de ti, não consigo esperar mais…

Ela abriu os olhos e sorriu para mim, um sorriso lindo que me fez ficar tão ‘bobinha’. Ficámos então a olhar uma para a outra e eu puxando-a pela mão levantei-me e abrindo  caminho por entre o emaranhado de pessoas segui, apressada, para as traseiras do bar. Ela apertava com força a minha mão e seguia-me… notava na sua expressão uma grande surpresa mas ao mesmo tempo vislumbrava no seu rosto um sorriso malandro.

  Entrámos aos tropeções na casa de banho, duas moças viraram-se para nós com cara de espanto, abraçámo-nos e como duas loucas começámos a rir. Elas entretanto saíram… eu, afastando-me um pouco do seu abraço, olhei nos seus olhos, beijei delicadamente os seus lábios e pousando as mãos na sua cintura puxei-a com força para mim. O beijo ficou mais ardente, quente e com um desejo crescente… encaminhámo-nos entre beijos, chupões e abraços para uma das divisórias da casa de banho e trancámos a porta.

Este conto tem continuação...

Alexandra Miranda
** (26-11-2013) **

sábado, 2 de novembro de 2013

Primeira depilação...

"Tenta sim. Vai ficar lindo."

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. 

Mas  acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer,  porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava  que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria porno-ginecológica-estética.

- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.

- Vai depilar o quê?

- Virilha.

- Normal ou cavada?

Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.

- Cavada mesmo.

- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?

- Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui.

Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona.

Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.

Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. 

Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.

- Querida, pode deitar.

Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca.

Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas.

Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era

O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

- Quer bem cavada?

- é... é, isso.

Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.

- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.

- Ah, sim, claro.

Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).

- Pode abrir as pernas.

- Assim?

- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.

- Arreganhada, né?

Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.

Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar.

Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.

Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.

- Tudo ótimo. E você?

Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope.

Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer.

Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas. 

- Quer que tire dos lábios?

- Não, eu quero só virilha, bigode não.

- Não, querida, os lábios dela aqui ó.

Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.

- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.

Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.

- Olha, tá ficando linda essa depilação.

- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.

Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta".

Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.

- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?

- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.

Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la.

Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.

- Vamos ficar de lado agora?

- Hein?

- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.

Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.

- Segura sua bunda aqui?

- Hein?

- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.

Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava De cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:

- Tudo bem, Pê?

- Sim... sonhei de novo com o cú de uma cliente.

Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cús por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera.

Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo.
Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.

- Vira agora do outro lado.

Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.

- Penélope, empresta um chumaço de algodão?

Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem?
Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.

- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.

- Máquina de quê?!

- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.

- Dói?

- Dói nada.

- Tá, passa essa merda...

- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

- Prontinha. Posso passar um talco?

- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.

- Tá linda! Pode namorar muito agora.

Namorar...namorar. .. eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais.

Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda,  protestar contra isso.
Queria fazer passeatas, criar uma lei anti-depilação cavada.



http://0-100-xeta.blogs.sapo.pt/

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Rosa Azul (Linguagem das Flores)


A rosa azul não existe naturalmente, sendo obtida por variações genéticas; é geralmente descrita na literatura como símbolo de amor e prosperidade aos que a procuram.

Em algumas culturas, a rosa azul tradicionalmente significa mistério ou a busca ou o alcance do impossível. Acredita-se que elas tragam ao dono juventude ou a realização de um desejo. Historicamente, o simbolismo vem do significado das rosa na "Linguagem das flores" (verificar ponto um).



1. Linguagem das flores, algumas vezes chamada de floriografia, foi um meio de comunicação da era vitoriana na qual o envio de flores e arranjos florais eram usados para enviar mensagens codificadas, permitindo que indivíduos expressassem sentimentos que de outra forma não poderiam ser ditos.
O rei Carlos II trouxe a arte da Pérsia à Suécia no 17.º século, dali se espalhando o costume pela Europa. As nuances da linguagem estão agora praticamente esquecidas, mas rosas vermelhas ainda inferem amor romântico e apaixonado; rosas cor-de-rosa uma afeição menor; rosas brancas ainda sugerem virtude e castidade; rosas amarelas ainda significam amizade e devoção; e a rosa azul representa uma relação de mistério. Embora estas possam não ser as traduções exactas dos sentimentos vitorianos, as flores ainda nos falam muito.

Outros significados comummente conhecidos são girassóis, que pode significar tanto arrogância quanto respeito - eles eram a flor favorita de Santa Júlia por esse motivo. A Íris, sendo nomeada para o mensageiro dos deuses na mitologia grega, ainda representa uma mensagem sendo enviada. Uma amor-perfeito significa pensamentos, narciso silvestre consideração, e um cordão de hera significa fidelidade.

Fonte Wikipédia (Rosa Azul).

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Tudo o que você quiser

Tem dias que eu acordo pensando em você
Em fracção de segundos vejo o mundo desabar
Aí que cai a ficha, que eu não vou te ver
Será que esse vazio um dia vai me abandonar?

Tem gente que tem cheiro de rosa, de avelã
Tem o perfume doce de toda manhã
Você tem tudo, você tem muito

Muito mais que um dia eu sonhei para mim
Tem a pureza de um anjo querubim
Eu trocaria tudo para te ter aqui

Eu troco minha paz por um beijo seu
Eu troco meu destino para viver o seu
Eu troco minha cama para dormir na sua
Eu troco mil estrelas para te dar a lua
E tudo que você quiser
E se você quiser te dou meu sobrenome

Tem gente que tem cheiro de rosa, de avelã
Tem o perfume doce de toda manhã
Você tem tudo, você tem muito

Muito mais que um dia eu sonhei para mim
Tem a pureza de um anjo querubim
Eu trocaria tudo para te ter aqui

Eu troco minha paz por um beijo seu
Eu troco meu destino para viver o seu
Eu troco minha cama para dormir na sua
Eu troco mil estrelas para te dar a lua
E tudo que você quiser
E se você quiser, te dou meu sobrenome

Eu troco minha paz por um beijo seu
Eu troco meu destino para viver o seu
Eu troco minha cama para dormir na sua
Eu troco mil estrelas para te dar a lua
E tudo que você quiser
E se você quiser te dou meu sobrenome













Luan Santana - Tudo o que você quiser 

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

...alegria...

Sou uma criança que brinca à beira mar...


...uma criança que corre e pula sem parar. 

A imagem é um quadro de Portinari

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Butterfly!

Voando nas asas de um sonho, seguindo a tua luz que me ilumina, vou até ti e busco o teu perfume... sim, o teu cheiro em mim, o teu odor que me inebria e faz sentir viva e voar a cada dia seguindo mais e mais além.



Tu és a flor do meu jardim,
és tão linda, és pura magia, 
o meu alimento noite e dia,
tu és tudo, és tudo para mim!


Por Aléxia Mir, 19 Agosto de 2013

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

"O caminho faz-se caminhando"

O caminho é longo, cheio de obstáculos e privações... mas a cada dificuldade ultrapassada seremos um pouco mais fortes mas também mais duros com a vida. Crescer é assim, molda-nos e faz-nos ser diferentes a cada dia que passa. Seremos melhores?! Assim o desejamos, ser alguém melhor a cada dia vivendo e buscando a felicidade, partilhando-a com quem faz parte desta nossa senda e tocando aqui e ali as pessoas que por um ou outro motivo entram na nossa vida.
Eu acredito na felicidade mas para a alcançar é estranho que tenhamos de sofrer e lutar e... já chega, por vezes é preciso parar e mesmo que seja no meio do caminho, repousar, pensar e retemperar o espírito! Caminhar cansa... mas é tão bom caminhar com quem gostamos... Sejam felizes, sempre!

Por Aléxia Mir, 08-08-2013


Esta é a resposta de uma grande amiga, uma amiga que guardarei para toda a vida, aqui fica:

É a estrada da vida é longa a seguir e por vezes vivemos na impaciência da vontade de sermos felizes, enfiamos os pés pelas mãos, mas descobrimos potencialidades e limites; estabelecemos vínculos e aprendemos aos poucos a articular interesses e pontos de vista com os demais, percebendo-se cada vez mais integrantes, dependentes e agentes...expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades; ajuntando-nos as diferentes intenções e situações de forma a aprendermos a compreender e sermos compreendidos! Mas o importante é que aprendemos mais cedo ou mais tarde e sobrevivemos!

Por Ericka Reis, 08-08-2013

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

10 Meses

"Tu estás gravada para sempre em mim.
 Nunca pensei que pudesse amar assim.

 Tu és o meu amor, tu és a minha paixão.
 És a minha vida, o bater do meu coração.

 Penso em ti a dormir, penso até acordada.
 Tu és para mim, a minha menina adorada.

 O meu corpo estremece, fico toda a tremer.
 Tudo isso, apenas e só, por te ler ou escrever.

 Quero muito beijar-te, quero sentir o teu sabor.
 Ando louca de desejo, doida para contigo fazer..."


Por Alexia Mir (05.Agosto.2013)

segunda-feira, 1 de julho de 2013

O povo saiu à rua...

...sim, o povo é quem mais ordena, o povo é quem escolhe governantes e, mais tarde, os muda por um ou outro motivo! Normalmente por fazerem 'merda'.

Sei que é uma afronta para um povo trabalhador e honesto ter corruptos a governar... corruptos que só olham para os seus próprios umbigos!

Bom, mas não podemos nem devemos esquecer (o ser humano tem a memória muito curta) que ainda há pouco tempo (apesar do tremendo potencial) o Brasil era um país pobre onde faltava tudo... bom, hoje e aos olhos do mundo, o Brasil é um dos países com maior taxa de crescimento. O povo apesar de tudo passou a viver um pouco melhor e a pobreza extrema está mesmo em vias de ser totalmente banida...
...o povo brasileiro está aos poucos a viver acima do limiar da pobreza. 

Eu sei, gastar biliões de reais em estruturas e infraestruturas desportivas não abona muito a favor de governantes corruptos mas o povo, o tal que mais ordena, não pode esquecer o essencial. Certo?

O mundo está a ver-vos... agora não há volta a dar e em vez de fazerem uma revolução deveriam ajudar quem de direito a tornar a vossa montra bem mais bonita e maravilhosa. 

Os dividendos que podem advir de eventos tão grandiosos podem ser um catapultar do vosso país para a afirmação final...
O Brasil está a crescer e a tornar-se num país mais justo... a igualdade é um direito mas é também um dever...

Eu sei, lutar pelos direitos é um dever mas há que fazê-lo com conta, peso e medida. Vocês vivem num país que já é conhecido pela violência e tudo isto só vem prejudicar mais e mais a vossa imagem... eu sei que o povo é trabalhador e todos os dias enfrenta dificuldades porque os meios de transporte, os hospitais e as forças de segurança estão obsoletos...

Enfim, eu só sei que é com pesar que olho para o vosso país hoje... fazem revolução porque estão a crescer e no meu fazemos revolução porque todos os dias diminuímos mais um pouco. 

Antes eram os brasileiros a procurar Portugal para ter uma vida melhor, hoje são os portugueses a emigrar para o Brasil em busca de um futuro.

Ajudem o país a crescer mas não se esqueçam do seguinte:

"O povo é quem mais ordena."

A nossa revolução foi das poucas no mundo que foi pacífica porque a ideia era fazer um país melhor... um país de oportunidades e de crescimento. 
Vocês podem e devem fazer o mesmo! 
Lutem por mostrar o vosso melhor e não o contrário, valorizem tudo aquilo que têm e que é tão bom.

Por Aléxia Mir (Lisboa 18-06-2013)