Aproximei-me devagar, ela arregalou os olhos quando me viu... a sua postura alterou-se, parecia nervosa, ajeitou-se na cadeira e desviando os olhos de mim colocou uma madeixa de cabelo solta atrás da orelha enquanto inclinava a cabeça... olhou-me nos olhos quando me abeirei dela e ficámos presas nesta troca de olhares tão profunda. Segurei-lhe no queixo, endireitei-lhe o rosto e aproximei-me devagar, fechou os olhos e esperou pelo beijo... Ena!
Ela estremeceu quando lhe beijei o rosto e não os lábios, eu sorri e sussurrei baixinho ao seu ouvido:
- És tão linda quando ficas assim sem jeito e atrapalhada.
Os seus olhos brilharam e cintilaram com as minhas palavras, no seu rosto lindo desenhou-se então um sorriso ténue, tímido e as suas bochechas ruborizaram... por fim recompôs-se, encarou-me e olhou para mim retorquindo:
- Não vais mesmo beijar-me?!
Eu fiquei algo sem graça com as suas palavras ditas assim de uma forma tão firme e decidida porque sempre a achei algo tímida. Tremi um pouco e senti-me ela, com o seu jeito tão delicado... contudo achei graça à sua mudança e o meu sorriso rasgou-se, arregalei muito os olhos e por fim comecei a rir. Ela juntou-se a mim e assim nesse momento riamos como loucas deixando toda a gente a olhar para nós.
Parámos de rir e aos poucos fomos recuperando do embaraço… Peguei na sua mão, estava fria e, puxando por ela, levei-a para um sítio mais isolado. Encolhemo-nos no nosso cantinho e abraçámo-nos num abraço apertado e muito sentido.
Olhando nos seus olhos fui passando a mão pelo seu rosto apreciando e sentindo a maciez da sua pele. Ela sorriu-me e aconchegou o rosto na palma da minha mão e disse baixinho:
- É agora que me vais beijar?
Aproximando-me dela eu sorri-lhe também e fui entrelaçando os meus dedos nos seus cabelos sedosos e, puxando-a para mim fiz os meus lábios tocar nos seus lábios. O tempo parou… os seus lábios são aveludados e macios, o beijo tornou-se, aos poucos, mais ousado e sedento.
A minha língua foi forçando a entrada na sua boca, uma das minhas mãos ia segurando a sua cintura enquanto a outra ia puxando suavemente os seus cabelos.
A minha mão desceu da sua cintura, passou pela lateral da sua anca e fui descendo mais e mais, arranhava de leve por cima do seu vestido e já sem fôlego soltei-me do seu beijo e ofegante olhava para ela que continuava de olhos fechados e lábios entreabertos mas respirando de forma pesada.
“Que lábios lindos ela tem.”
Ela abriu lentamente os olhos e pude olha-la “olhos nos olhos” e admirar os seus olhos castanhos “rasgados” e lindos. Ela sorriu-me e eu voltei a aproximar-me dela, fiz a minha mão deslizar pela sua coxa e senti a tua pele arrepiar com o meu toque… inclinando ligeiramente a cabeça ela foi fechando novamente os olhos.
Uma das minhas mãos foi puxando suavemente os seus cabelos enquanto a outra ia subindo por baixo do seu vestido e acariciava a sua coxa. Eu aproximei-me dela e pude ouvir os seus gemidos, eram baixos e controlados mas fizeram-me enlouquecer, eu tremia tanto, tê-la ali assim e rendida era demais para mim. Eu inspirei profundamente sentindo o seu perfume suave e adocicado, ela arrepiou-se inteirinha gemendo mais e mais. Eu nesse momento fui beijando o seu pescoço e ia subindo devagar, a minha mão foi massajando o seu couro cabeludo para que a minha deusa ficasse um pouco mais relaxada e ela com isso ia inclinando a cabeça mais para trás. Os meus beijos suaves eram cada vez mais sedentos e tão ousados, a minha outra mão continuava a deslizar pela coxa da minha amada e sendo um pouco mais afoita fui arranhando a sua coxa e depois apertei um pouco a sua nádega. Ela não aguentou e soltou um gemido mais alto e grave.
Eu senti as minhas cuequinhas humedecer e, não aguentando mais, sussurrei baixinho ao ouvido da minha menina linda:
- Vem comigo, vem… preciso de ti, não consigo esperar mais…
Ela abriu os olhos e sorriu para mim, um sorriso lindo que me fez ficar tão ‘bobinha’. Ficámos então a olhar uma para a outra e eu puxando-a pela mão levantei-me e abrindo caminho por entre o emaranhado de pessoas segui, apressada, para as traseiras do bar. Ela apertava com força a minha mão e seguia-me… notava na sua expressão uma grande surpresa mas ao mesmo tempo vislumbrava no seu rosto um sorriso malandro.
Entrámos aos tropeções na casa de banho, duas moças viraram-se para nós com cara de espanto, abraçámo-nos e como duas loucas começámos a rir. Elas entretanto saíram… eu, afastando-me um pouco do seu abraço, olhei nos seus olhos, beijei delicadamente os seus lábios e pousando as mãos na sua cintura puxei-a com força para mim. O beijo ficou mais ardente, quente e com um desejo crescente… encaminhámo-nos entre beijos, chupões e abraços para uma das divisórias da casa de banho e trancámos a porta.
Este conto tem continuação...
Alexandra Miranda
** (26-11-2013) **
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