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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

*** Era eu um monge ***

Nas malhas da sedução
Encontrei-me emaranhado,
Numa viagem para qualquer lado,
Sem apeadeiro, nem estação.

Vi-te ao longe,
Numa pose deveras provocante,
Era eu um monge,
Agora não passo de um tratante.

A locomotiva avançou,
E pé não arredaste,
Já viste o que causaste?
O comboio descarrilou!


Deste ar da tua firmeza
Sem te importares um segundo,
Deixaste-me imundo,
Pior que tu, de certeza.

Como se não bastasse,
O teu rasgado sorriso
Fez com que se abespinhasse
O meu já pouco siso.

Envolto num lençol incandescente,
Numa amálgama de destroços,
Cedi à fúria.
Perdi o norte e o decente,


Perdi tudo,
A vontade de ir e voltar,
De te ter
Ou de te afastar...

...E de morrer
Nos braços da tua luxúria,
Porque os teus excessos,
Deixaram-me mudo.

Poema de Hebitsukai (JP Taxa)
Escrito a 04 de Novembro de 2015
E foi gentilmente cedido ao meu blog.




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