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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Negro sobre azul

O dia acordou triste, não só pelo dia frio e cinzento mas também porque um sonho estranhíssimo, era mais um pesadelo horroroso, toldava o meu pensamento. Qual autómato levantei-me da cama, tomei um banho quentinho, vesti-me e preparei-me para ir trabalhar…
O trânsito na cidade estava estranhamente calmo e a viagem apesar do mau tempo foi fácil e rápida. Cheguei ao trabalho já cansada e a concentração era difícil, o que se estaria a passar comigo? O telemóvel tocou… recebi uma mensagem, peguei nele e li, não consegui perceber e então com mais atenção voltei a ler:

“Olá Aléxia, estou a mandar-te mensagem para dizer que a avó do Nuno faleceu esta noite. Beijinho.”

Se o dia não tinha começado bem e não me corria da melhor forma, piorou a partir daquele momento... a manhã demorou uma eternidade a passar até que chegou a hora, saí do trabalho, almocei e depois dirigi-me para a igreja onde se iriam realizar as exéquias fúnebres. O tempo frio e carregado de nuvens negras serviam de cenário a este dia tão triste… entrei e senti pela primeira vez um arrepio, o ambiente estava pesado e pesaroso mas, quando alguém morre, não se espera nada de diferente pois não? 
Eu nunca gostei de funerais… o facto de não ser crente tornava tudo muito pior pois não me sentia minimamente à vontade. A última vez que estive numa igreja foi com a Vera e desde então já se passaram uns quatro ou cinco anos, apesar de tudo isso eu estava ali para dar apoio ao meu grande amigo Nuno e tinha que superar os meus receios…

…o Nuno fora criado pela avó, que apesar de todas as dificuldades conseguiu que ele estudasse e se tornasse um médico importante. Eu até imaginava como ele se estava a sentir mas, vê-lo chorar como uma criança perdida doía-me demais no coração…

*****

Eu estava de pé, isolada num dos cantos da igreja gelada e a penumbra ocultava em parte a minha presença, um vulto passou então perto de mim e pude sentir uma brisa suave com um cheiro intenso a limão, arrepiei-me pela segunda vez… olhei em volta e vi uma moça alta de onde sobressaíam longos cabelos encaracolados e ruivos. Os seus cabelos eram lindos e tinham uma cor no mínimo exuberante, eram de um laranja tão brilhante como labaredas… labaredas que nos queimavam só de olhar. 
Ela parou mesmo ao meu lado, podia assim com calma e a devida atenção observar esta menina que se vestia toda de negro, ela usava sapatos de salto alto, um sobretudo e um vestido de malha justíssimo que fazia notar todas as suas curvas. Toda a sua roupa era escura, de um negro que se confundia na sombra da igreja, até seria normal dadas as circunstâncias mas um olhar mais atento deixava-nos perceber que esta moça era, apenas e só, gótica… os seus olhos e lábios estavam pintados de um negro forte, o contraste com a sua pele clarinha e o seu rosto tão delicado quase nos davam a entender que estaríamos na presença de um anjo. Um anjo caído do céu… 

Eu olhava para ela como se tivesse ficado hipnotizada, de facto aquela menina tinha algo de muito atraente, a sua figura singela prendia-nos fazendo querer estar a observá-la permanentemente. 
Tudo decorria normalmente mas o ambiente ia-se tornando a cada minuto mais e mais pesado, as pessoas tinham começado a chorar, com todo este alarido o meu coração estava cada vez mais apertado. Eu já não conseguia estar ali… saí da igreja tentando não chorar, estava bastante abalada e respirando fundo tentei controlar-me. Tirei os meus óculos escuros e limpei os olhos já marejados de lágrimas, senti então uma mão nas minhas costas e uma voz suave me perguntou:

- “Está tudo bem? Precisas de alguma coisa?”

- “Não, não… obrigada, está tudo bem.” 

Respondi com delicadeza olhando para quem me tinha feito as perguntas... era ela, aquela menina delicada e tão linda. Pude ver também e pela primeira vez os seus olhos, eles eram enormes e negros... tremi arrepiando-me e sorri para ela que me sorriu também dizendo:

- “Estás com frio? Tem cuidado que este tempo incerto pode deixar-te doente.”

- “Eu sei… eu sei…” 

Respondi algo timidamente corando logo em seguida. 

Como era possível uma menina que ainda agora tinha conhecido falar-me assim e mais… mexer tanto comigo?!

- “O meu nome é Ana e o teu?”

Perguntou ela com uma voz aveludada e suave, ao que eu respondi:

- “O meu é Aléxia, muito prazer.”

Este não era o sítio mais indicado para nos conhecermos, nem sequer era a situação ideal para isso mas eu estava de tal maneira encantada que nem liguei… 

O cortejo fúnebre ia começar e então juntámo-nos à multidão para a caminhada até ao cemitério, nós íamos ficando para trás porque não nos sentíamos totalmente à vontade. Quando chegámos ao local onde iria ser sepultada a senhora foi ainda pior, tudo aquilo me fazia imensa confusão e já não aguentava mais toda a angústia e tristeza ali presentes. Os gritos, o choro das pessoas... comecei aos poucos a andar e fui-me afastando de toda a gente, estar perante todo este sofrimento era demais para mim…
Parei longe, depois de uma longa caminhada, onde um enorme carvalho se erguia e eu olhava triste a imensidão do cemitério, um arrepio percorreu a minha “espinha” e senti-me tremer. Estar ali entre as campas deixava-me num estado de permanente tensão, física e mental, mas ao mesmo tempo estranhamente calma.

O tempo foi passando e já não se ouvia nada, nem gritos, nem choros, até parecia que o mundo tinha parado de rodar sob o seu eixo e tudo estaria suspenso. O dia caminhava assim para o seu fim…

Despertei por fim deste meu transe e preparei-me para ir embora… senti então uma mão pegar na minha mão, assustei-me e afastei-me num pulo fazendo soltar uma gargalhada na Ana.

- “Calma Aléxia, sou eu… não vou fazer-te mal!”

- “Puxa!... Queres matar-me de susto?”

- “Parece-me o sítio indicado mas não estava a pensar nisso.”

Com esta última frase soltou um sorriso enigmático e voltando a pegar na minha mão puxou-me para um banco de jardim, sentámo-nos e a conversa decorria normalmente até que eu lhe perguntei:

- “Porque vieste ao funeral, és da família do Nuno?”

- “Sim, sou prima dele… não somos muito próximos mas a minha avó sempre foi das únicas pessoas que não me olhava de uma maneira estranha e sempre aceitou as minhas opções e a minha maneira de ser.”

- “Estás a referir-te ao facto de seres gótica?”

Ela riu-se soltando uma gargalhada sonora, olhou bem para mim e o nosso olhar ficou preso. Senti que os seus olhos negros invadiam os meus olhos azuis tocando bem fundo a minha alma…

“Negro sobre Azul”

Com isto ela acalmou-se e respondeu:

- “Não Aléxia, não é só por ser gótica… as minhas escolhas sexuais e a minha vida na “sombra” sempre fizeram as pessoas olhar-me de lado. Não quero saber o que pensam de mim mas é mau sentires que a tua própria família te marginaliza.”

- “Eu compreendo Ana… além disso a cultura gótica não é muito bem vista. Acham que vocês fazem culto ao demónio, que são obcecados pela morte e até que são violentos...”

- “Pois, pois… somos todos uns drogados e andamos por aí a chupar pescoços.”

Adorei a sua maneira tão directa de falar e o tom irónico que empregou, tinha muita razão no que dizia, com isso “partimo-nos” a rir. Estava a ser tão bom falar com ela que até me esquecia do sítio onde estávamos. Parámos de rir e ela pegando-me na mão continuou:

- “A cultura gótica é muito mais que vestir de preto, nós apreciamos a dicotomia da vida, o contraste entre a luz e a escuridão, o bem e o mal porque são coisas que não podem existir uma sem a outra. Os góticos têm um sentido de humor perverso e negro, um amor à história, à literatura e à música. Nem sempre a roupa é a parte mais evidente de se pertencer a esta cultura… muitas vezes basta procurar um sinal de escuridão ou sombra. Ser-se gótico é tão só uma forma de tribalismo, alguém que aprecia as artes e a beleza das coisas com uma sensibilidade muito própria. Os góticos também não são contra a religião, ao contrário do que possam pensar, apenas não são religiosos pois preferem discutir o enquadramento da religião na sociedade moderna. Sei que não é fácil alguém ser aceite numa tribo gótica, tentamos ser genuínos e manter a verdadeira essência que nos distingue mas também podemos ser uma tribo boa e confortável para aqueles que se encaixam, além disso temos imensa paciência e entusiasmo para aguentar as pessoas que tentam descobrir o que os góticos querem.”

- “Mas é verdade o que dizem Ana? Desculpa-me por perguntar isto mas como falaste das tuas escolhas sexuais… elas têm a ver com o facto de seres gótica?”

- “Sabes Aléxia, esse é outro dos mitos que paira sobre a cultura gótica… nem todos os homens que seguem a cultura gótica são gays tal como nem todas as mulheres góticas são heterossexuais, mas respondendo à tua pergunta digo-te que o facto de ser lésbica antecede bastante a minha entrada no mundo da cultura gótica. Ficaste surpreendida?”

- “Nem um pouco. Aliás eu até já desconfiava que tu fosses lésbica… não foi por mal nem por fazer juízos de valor mas tinha essa sensação.”

- “Tu és uma rapariga inteligente e perspicaz… gosto de ti!”

Com esta declaração dita assim de uma maneira tão directa senti-me tremer e notei que ela me olhava de um modo estranho... a sua mão passou a massajar-me a perna com extrema delicadeza, os seus olhos ficaram novamente presos nos meus olhos, bem devagar foi aproximando o seu rosto do meu e os nossos lábios acabaram por se tocar levemente. Senti então a mão que me massajava a perna ser um pouco mais afoita e rude apertando o interior da minha coxa bem perto da minha vagina. Humedeci… os nossos lábios separaram-se e pude sentir a sua respiração na minha respiração e o seu perfume intenso inebriava-me de tal maneira que ia ficando com o meu pensamento vazio…
As suas mãos neste momento eram cada vez mais irrequietas pois além das minhas pernas elas passaram a massajar também o meu corpo, já não estava em mim e deixava que tudo acontecesse, ela percebendo puxou os meus cabelos com alguma força e a minha cabeça caiu para trás…

- “Aiii… que…”

Não consegui dizer mais nada porque ela me tapou a boca e começou por beijar o meu pescoço, a minha face e os meus lábios com delicadeza. Eu estava toda arrepiada e de olhos fechados sentia a língua daquela menina linda invadir e explorar toda a minha boca, o seu beijo era mágico e eu estava a adorar... eu chupava a sua língua e ela a minha, os nossos beijos eram ardentes e demonstravam todo o desejo e toda a excitação que neste momento ambas sentíamos.
Ela abriu então a minha “parka” azul e abraçou-me, apertando e encaixando o seu corpo esguio contra o meu corpo, as minhas mãos passeavam pelas suas costas e enquanto a apertava sentia a sua cabeça pousada no meu peito. Era tão bom.
A tarde fria e sombria não servia de impeditivo para a nossa dança louca, eu queria mais, muito mais… ao que parece ela também, levantou a sua cabeça do meu peito e pôs-se de pé à minha frente. Eu apertando-lhe as nádegas puxei-a para mim e enterrei o meu rosto no fundo da sua barriga, as minhas mãos foram largando as suas nádegas e passeavam agora em toda a extensão das suas pernas longas e bem torneadas. Ela agarrava nos meus cabelos e gemia baixinho…
 Eu estava a adorar cada momento, nisto ela baixou-se e segurando nos meus ombros afastou-me da sua barriga definida, levantou uma das pernas e pousou o pé bem no meio das minhas pernas apoiando-o no banco, depois foi levantando um pouco o seu vestido de malha e pude ver com mais atenção as suas pernas lindas. Ela usava meias de liga e com delicadeza começou a tira-las, devagar e com calma, olhando para mim que a olhava deslumbrada. Ela foi enrolando as meias e quando chegou aos tornozelos ficou com o seu rosto bem próximo do meu… piscou-me o olho em sinal de provocação, então trocou de perna fazendo o mesmo com a outra meia de liga e eu não me cansava de a olhar pois esta menina era de facto um encanto. Quando acabou sentou-se, tirou os sapatos e depois as meias atirando-os para longe… eu apenas olhava, admirada e surpreendida quando de repente ela se levanta e descalça na calçada começa a tirar o sobretudo, eu levantei-me também e segurando na sua mão trouxe-a de volta, fazendo com que se sentasse novamente no banco de jardim. Quando me sentei ela atirou-se a mim agarrando-me, caímos nos braços uma da outra e a agitação era tal que parecia estar a haver uma luta corpo a corpo entre as duas. Os nossos beijos eram tão escaldantes que tínhamos de parar algumas vezes para respirar porque ficávamos sem fôlego… 

Estarmos ali roçava a loucura mas o desejo era de tal maneira incontrolável que estando perdidas nos braços uma da outra nem nos importávamos se poderíamos ser vistas por alguém… porém o sítio era isolado, ficava situado numa das alas abandonadas do imenso cemitério, o que nos deixava um pouco mais resguardadas.

…neste jogo de sedução em que a troca de carícias era cada vez mais intensa sentia as minhas cuéquinhas cada vez mais molhadas, já não estava em mim e fugi-lhe rindo como uma criança que joga à apanhada. Corri o mais que pude fugindo pela calçada, ela tentava apanhar-me mas era difícil por estar descalça. Eu saltava por entre as campas, até que ela me apanhou… abraçou-me por trás apertando com força os meus seios, mesmo por cima da roupa fez-me doer e eu soltei um grito:

- “Aiiiiiiiiii…”

- “Queres brincadeira? Agora vais tê-la…”

O seu peso desabou em cima de mim e eu caí ajoelhada na beira de uma campa, para não ficar estendida no chão apoiei as minhas mãos na lápide, o tampo em mármore estava gelado e havia também um musgo verde peganhento… 
A Ana, encostada a mim abraçava-me com força, sentia a sua respiração ofegante na minha nuca e então rendi-me… ela foi puxando a minha blusa para cima e beijava as minhas costas, eu arrepiei-me todinha e pior fiquei ao sentir os seus dedos gelados abrir o fecho do meu “soutien”, uma das mãos ia percorrendo as minhas costas e podia sentir as suas unhas arranhando bem de leve a minha pele, enquanto isso a outra mão ia desapertando os botões da minha blusa… eu estava quase despida da cintura para cima mas ao que parece ela não iria ficar por ali, libertou por fim os meus seios do “soutien” e depois envolveu-os com as suas mãos e foi massajando, apertando e por vezes beliscava os meus mamilos duros e erectos por força da excitação. Ela ia mordendo bem de leve as minhas costas enquanto segurava os meus seios, chegou por fim ao meu pescoço… beijou-me e depois chupou-o com força fazendo uma marca vermelha que iria demorar imenso tempo a sair… 

- “Esta marca é para que não me esqueças tão depressa… Ok vadia?”

Eu estava já envolvida e agarrada a esta menina delicada mas ao mesmo tempo tão poderosa… sentia-me como uma mosca que fica presa numa teia de aranha, por mais que tentasse fugir só ficava mais e mais emaranhada.
Eu estava já muito excitada e os meus gemidos denunciavam-me, ela aproveitando o facto de eu estar inclinada para a frente foi tirando o cinto das minhas calças de ganga e desapertando os botões com delicadeza sempre beijando as minhas costas… quando acabou de as desapertar começou a puxar as minhas calças para baixo, eu queria parar com esta loucura mas o máximo que consegui foi ajudar a que estas fossem retiradas e puxadas até ao fundo das minhas pernas, estava agora totalmente exposta… 

- “Sou mesmo uma vadia.” 

Pensava eu enquanto ela beijava cada uma das minhas nádegas fazendo-me arrepiar, com delicadeza foi baixando as minhas cuecas de renda preta e fez-me abrir bem as pernas, o mais que podia, para ter um acesso mais fácil à minha vulva de onde já vertiam os meus fluidos de prazer. Afastou as minhas nádegas e com a sua língua tocou bem de leve os meus lábios vaginais para depois lamber em toda a sua extensão, lambia desde o meu clítoris inchado até ao meu cuzinho rosado, lambia como se me quisesse devorar inteira e eu estremecia e tremia a cada toque da sua língua… ela estava literalmente enterrada com a sua face no meio das minhas pernas, a sua saliva misturava-se com os meus fluidos vaginais que escorriam pelas minhas coxas. Eu gemia muito e delirava de prazer dizendo coisas sem nexo até sentir um estalo forte na minha nádega… doeu muito e um calor intenso percorreu o meu corpo, quando me preparava para reclamar ela deu outra palmada ainda mais forte que a anterior, doeu mesmo muito mas o calor que sentia por todo o meu corpo só fazia aumentar ainda mais o prazer. Como seria possível?
A Ana parou de me bater e eu sentia o meu rabo em brasa mas mesmo assim gemia imenso, não sabia bem se o que sentia era dor ou prazer mas a verdade é que a minha cona pulsava e vertia de excitação, a minha respiração estava também muito acelerada… nesse momento ela puxou-me pelos cabelos e sussurrou-me ao ouvido:

- “A minha putinha agora vai sentar-se aqui ao pé de mim.”

Eu nem reclamei e fiz o que ela me disse, foi muito bom sentar-me na campa gelada porque o meu rabo ardia imenso… (risos)

Ela encostou-me para trás e foi tirando a minha blusa, o meu “soutien” e por fim as minhas calças e as minhas cuéquinhas… enquanto tirava as peças de roupa ia beijando o meu corpo nu, passava as mãos frias por ele e lambia com delicadeza os meus mamilos duros. Eu adorava cada toque seu e estava de tal maneira abstraída de tudo que já não tinha sequer em conta o sítio onde estava deitada... ela passava as suas unhas grandes e pintadas de negro pela minha pele, ia beijando e lambendo todo o meu corpo. A sua língua brincava novamente com os meus mamilos e a sua mão alisava agora a minha vulva encharcada, ela foi abrindo os meus lábios vaginais e fez então deslizar os seus dedos pela minha vagina tocando também o meu clítoris… os movimentos eram cada vez mais rápidos e eu tremia imenso pois os seus toques eram maravilhosos.
Num desses movimentos ela penetrou-me, sem aviso, com dois dedos e enterrou-os em mim… parecia que me estavam a dividir em duas. Os movimentos eram muito fortes e rápidos, se até ali eu gemia passei então a gritar em plenos pulmões:

- “Fode-me, fode-me mais Ana… eu quero que me rasgues toda. Ai a minha coninha.”

- “Gostas que te foda assim? És mesmo uma vadia não és?”

Com isto ela acrescentou mais um dedo aos dois que já me fodiam sem parar, ia forçando mais e mais a entrada, eu gritava de prazer. Sentia-me como uma verdadeira puta que é dominada e maltratada em troca de prazer… 
A minha vagina estava dilatada e encharcada, podia ouvir-se sem qualquer problema o barulho que fazia, os seus dedos entravam e saíam de mim sem descanso… aliás, a sua movimentação não era de quem iria abrandar ou parar mas sim aumentar os movimentos, já não aguentava tanto prazer, o meu corpo escaldava e estremecia a cada estocada que recebia. Eu ansiava pelo meu orgasmo mas ele estando próximo estava ao mesmo tempo tão distante que me sentia desmaiar a qualquer momento… nunca antes me tinha sentido assim.

Os meus gemidos desesperados eram entrecortados pelas investidas desta menina que qual anjo delicado se havia transformado num demónio sedento de prazer… eu queria continuar mas não sabia se iria aguentar muito mais e acho que ela percebeu pois retirou os seus dedos da minha cona deixando-a totalmente aberta. 

A Ana ia lambendo os dedos, um por um… depois de os lamber fez uma cara de safada e rindo disse-me:

- “Hum… que coisa boa, adoro o teu sabor.”

Ainda mal tinha acabado esta frase já estava outra vez a beliscar os meus mamilos duros, fazendo com que eu me retorcesse toda. A outra mão, ainda molhada, passeava pela minha vagina aberta e novamente sem qualquer aviso fez os seus três dedos entrar na minha cona de uma vez só... caí para a frente gritando:

- Ahhhhhhhhhhhhhhhhh...”

Tinha acabado de ter o meu orgasmo e deitada em cima da campa tremia, toda eu tremia. Sentia no meu corpo espasmos violentos e incontroláveis como se estivesse a ter um ataque de epilepsia. O prazer que sentia era tão grande que comecei a ver tudo turvo… depois disso desmaiei.

Despertei pouco tempo depois e ainda estava deitada na campa, ela lambia a minha vagina, ainda muito molhada, tal como um animal se banqueteia com a sua presa acabada de caçar. Então levantando a cabeça olhou-me e disse:

- “Tu tens um sabor maravilhoso, adoro lamber a tua cona… ficava aqui a noite toda.”

Só então reparei, de facto já estava escuro e no céu as estrelas brilhavam, a lua cheia aparecia uma vez ou outra por entre as nuvens transformando aquela noite em algo sobrenatural… 

A Ana continuava a lamber-me e eu sentia em mim um prazer crescente, não conseguia dominar o meu corpo, não conseguia levantar-me, estava entregue aquela menina que exercia um poder oculto quase transcendente em mim.

Os meus gemidos começaram novamente a fazer-se ouvir, cortando o silêncio e a calmaria da noite, ela aumentava os movimentos da sua língua para acompanhar os movimentos das minhas ancas numa dança ousada e fantástica… sentia os meus fluidos vaginais escorrer e molhar o meu cuzinho que pulsava. Sim, ele pulsava porque a Ana lhe ia fazendo círculos com o dedo e o ia lambendo também originando um prazer diferente e estranho, eu estava a gostar muito deste jogo de toques suaves.
Ela foi então um pouco mais afoita, forçou a entrada de um dos seus dedos no meu cuzinho penetrando-me, eu contorci-me e gemi forte sentindo primeiro um pouco de dor e depois de me habituar consegui sentir também algum prazer. O seu dedo entrava e saía de mim com alguma facilidade pois os meus fluidos vaginais ajudavam a fazer a lubrificação, assim enquanto ela penetrava o meu ânus apertadinho ia massajando também o meu clítoris inchado, a sensação era indescritível… eu gemia imenso e estava tão entregue a este novo prazer que o meu corpo dançava acompanhando os movimentos que ela fazia ao entrar em mim, a Ana lambeu então toda a extensão da minha vagina, chupou o meu clítoris enquanto enterrava mais um dedo no meu cuzinho. Eu gemia e gritava… gritava muito pois nunca o sexo anal tinha sido tão bom. 

Ela pediu então para me virar, queria que me pusesse de “gatas” empinando o rabo… tinha agora o meu cu virado para a lua e ela com uma cara de maníaca vibrava e delirava pois eu estava totalmente aberta… ela voltou a penetrar o meu cuzinho metendo os dois dedos de uma vez em mim, com mais intensidade, com mais força e aumentando o ritmo. Eu arfava como uma louca e masturbava-me esfregando o meu clítoris com violência, gritava e agitava-me com uma intensidade fora do normal, por esta altura metia já dois dedos na minha cona e estremecia abalada por tanto prazer. Vendo-me assim tão descontrolada ela aproveitou para meter mais um dedo no meu cuzinho… era agora enrabada por três dedos, sem parar e com uma violência extrema, sentia o meu cu dilacerado e aberto de uma maneira barbara mas o prazer era tanto e tão grande que eu não queria sequer saber.
Senti um orgasmo poderoso crescer em mim e confirmou-se… espasmos violentos fizeram-me cair novamente e desfalecida tremia sem parar, o meu suor escorria e molhava a pedra de mármore fria. Estava sem forças mas pude reparar que ela sem qualquer nojo ou pudor ia lambendo os dedos que me tinham penetrado e dado tanto prazer. Ela olhou-me rindo e abraçando-me deu-me um beijo apaixonado… ficámos assim, abraçadas e quietas nos braços uma da outra, eu nua e ela ainda vestida.
A lua foi tapada por uma nuvem e nós fomos envolvidas por uma sombra estranha, um arrepio percorreu todo o meu corpo mas não sentia frio, olhei em volta e uma neblina densa dava um ar ainda mais misterioso e tenebroso ao cemitério… 
A Ana calçava-se devagar e eu fui-me vestindo também de uma maneira calma e vagarosa pois estava bastante fraca… ninguém dizia nada, apenas os nossos olhos falavam e diziam que esta tinha sido a mais louca das loucuras. Demos as mãos e seguimos o caminho de volta abrindo passagem pela névoa densa, chegámos ao portão que estava fechado e assim sendo não tivemos outro remédio senão saltar o muro. Um olhar mais atento deixava perceber que estávamos sujas e descabeladas mas ao mesmo tempo felizes e realizadas…

- “Aléxia, foi maravilhoso conhecer-te, és uma miúda fantástica e lindíssima.”

- “Eu amei cada momento Ana, mas…”

- “Eu sei, mas fica para a próxima minha linda. Hão-de haver outras oportunidades.”
Abraçámo-nos e seguimos em direcções opostas, ela toda de negro perdida na escuridão e eu de azul ansiando o amanhecer de um novo dia com o sol brilhante no céu azul.



Os góticos têm empregos e vão á escola, pagam impostos, criam famílias, possuem carros e casas, são tão produtivos como qualquer outra pessoa, se não forem mais.
Todos têm a tendência para abraçar algum tipo de arte, mas nem todos são músicos, pintores ou artistas. Alguns fazem isso mas outros costuram, fazem jóias, escrevem contos, cozinham, esculpem, tiram fotos, fazem jardinagem, dançam, fazem filmes, jogam ou simplesmente vivem a vida.
Quem vive a cultura gótica não está interessado em aterrorizar as pessoas, em roubar o seu dinheiro ou fazer qualquer outra coisa além de viver a vida à sua maneira.

Viva a diferença.



Alexandra Miranda (31-10-2011)

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