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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Um sonho perfeito

O frio envolve a noite e torna a cidade despida, o movimento é tão pouco que a minha condução calma faz o carro rolar suavemente pela avenida. O rádio vai tocando algo mas o meu pensamento está ausente, não sei em que pensava mas nesse preciso momento volto a mim pelo som de uma bela música, aumento o volume e sinto o meu coração aquecer e toda a envolvência que emana da canção Apaixonados pela lua de Paula Fernandes…

*****

Alguém caminha calmamente em direcção a uma paragem de autocarro e o cigarro que vai fumando deixa um rasto acinzentado, o olhar terno, o rosto bonito e as bochechas rosadas pelo frio fazem-me abrandar (eu conheço-a, é a Nikita)... Sim, é ela! 
Travo bruscamente e o carro imobiliza-se uns metros mais à frente, faço então marcha a trás e paro em frente à paragem. Olho bem para ela e digo:



- Olá, queres vir?

- Desculpa??? Disse ela com algum receio.

- Não me estás a conhecer, eu sei… Sou a Aléxia.

- Lé… Léxi… és mesmo tu?

- Sim, sou eu. Entra.

Ela entrou e o meu olhar ficou preso no seu olhar, ela estava um pouco nervosa e eu para a acalmar peguei-lhe na mão apertando-a pois parecia tremer, seria nervosismo ou frio? Eu própria não estava melhor, sentia o meu coração bater forte e tremia também. Aproximei-me dela e beijei a sua face fria e rosada, pude reparar então com mais detalhe nos seus lábios vermelhos e carnudos… (que lábios lindos ela tem). Uma vontade imensa de os beijar surgiu em mim. Nós estávamos ali paradas há algum tempo e um pouco perdidas em olhares e toques suaves na mão uma da outra… até que algo a medo lhe disse:

- Tens alguma coisa para fazer? Sei que já é tarde mas podemos ir a algum lado. Sabes, não posso é estar aqui parada (estava em plena estrada e em frente à paragem). 

- Não, não tenho nada para fazer mas vou onde me levares Léxi. Disse sorrindo.

Eu derreti-me nas suas palavras e no seu sorriso lindo. A sua aparente calma e o jeito carinhoso com que me falava deram-me uma inesperada confiança e um desejo crescente foi aumentando em mim.

- Vou levar-te a um sítio fantástico, ainda não jantaste pois não?

- Não, ainda não jantei…

- Ok então, liga para casa e diz que esta noite estarás por minha conta.

Ela apenas me sorriu e eu sorrindo também arranquei…
O caminho foi feito entre conversas de circunstância e partilhas mais profundas mas na verdade e apesar de nunca termos estado juntas tínhamos já uma grande intimidade…

*****

Chegámos ao nosso destino, um hotel 5 estrelas numa das zonas mais “in” da cidade de Lisboa, enquanto estacionava ela olhou-me com um ar cúmplice mas ao mesmo tempo sério. O seu olhar dizia tudo, queria saber o porquê de estarmos ali? 
Eu com o seu olhar penetrante em mim estremeci e meio trémula respondi-lhe:

- Quero que passes a noite comigo Nikita. Estou enfeitiçada pela tua presença, pelo teu cheiro e pela tua incrível beleza. Tu és tão linda… bem sei que não és lésbica mas quero muito ter-te para mim…

- Tu és completamente louca Léxi… nem sei que te diga.

- Não digas nada e vem comigo, prometo que não te irás arrepender.

Ela sorriu e preparou-se para sair, eu saí também mas já não conseguia disfarçar todo o desejo que no meu corpo florescia… peguei-lhe na mão e como duas crianças corremos até ao átrio grande e brilhante do hotel. Entramos com enorme espalhafato e rindo como loucas deixámos toda a gente a olhar para nós. Eu dirigi-me ao balcão e pedi um quarto… não, uma suite com tudo de bom e do melhor porque esta seria uma noite a recordar com certeza no futuro. Tinha que ser perfeita, tinha que se mágica…
Entrámos alegres no elevador e uma troca de olhares mais intensa demonstrava toda a cumplicidade que tínhamos mas, ao mesmo tempo, estávamos também um pouco receosas com o que pudesse surgir… 

- Nikita tens a certeza que…

Ela pondo-me um dedo nos lábios disse-me:

- Shiuuu… pára de pensar querida, deixa acontecer.

- Sim, tens razão. 

Abracei-a com força… os nossos corpos apertados tremiam imenso tal era a excitação e a ansiedade. Olhei-a olhos nos olhos e mergulhei então na imensidão do seu olhar sentindo os meus olhos marejar de lágrimas tal era a emoção que nesse momento sentia. Os meus lábios tocaram bem de leve nos seus lábios e segurando-lhe nas mãos apertei-as e levantei-as sobre os seus ombros encostando-a ao espelho do elevador que subia devagar… sim, devagar como se adivinhasse que esta noite não teria pressas. Com este gesto brusco em que lhe prendi os braços ela soltou um gemido, mordeu o lábio inferior e cerrou os olhos… os meus lábios foram beijando bem de leve o seu rosto, o seu pescoço e ela arrepiou-se. Voltei a olhá-la e pude ver na sua face um semblante de desejo, ela abriu os olhos e sorriu para mim ao mesmo tempo que as portas do elevador se abriram também.
Caminhámos de mãos dadas até ao quarto e abri a porta, foi a vez dela me agarrar e passar as mãos ao longo do meu corpo puxando-me de encontro ao seu, adorei sentir as suas mãos em mim apertando-me. Com toda esta envolvência beijei-a com um beijo mais intenso e molhado, as nossas respirações misturavam-se e até já nos faltava o ar tal era a loucura e o desejo que ambas sentíamos. Rodámos pelo quarto e a roupa ia caindo espalhada pelo chão… os nossos beijos eram ardentes, beijávamos e mordíamos os lábios, o pescoço, o corpo uma da outra. Ela com toda esta dança ficou apenas e só de “lingerie”, eu admirava o seu corpo despido e encantada mergulhei na sua beleza cheia de curvas… puxei-a pela mão e caímos rebolando como duas crianças brincalhonas na grande cama. Os lençóis eram suaves tal como suave era a sua pele, beijei-a com calma e leveza e fui lambendo também, com a minha língua, os seus lábios sentindo o seu sabor. 
Fui explorando o seu corpo com os meus beijos e a minha língua ia deixando um rasto de saliva que ao soprar a fazia arrepiar… beijava o seu pescoço, o seu peito e a sua barriga exposta. A ansiedade e o desejo era tanto que me perdia em carícias e ia avançando rápido, rápido demais pois estava já a chegar ás suas cuéquinhas... a vontade de lhas tirar era imensa pois podia sentir já o seu odor, este cheiro que me inebriava e atraia de uma maneira quase incontrolável. A custo parei… regressei aos seus seios inchados com mamilos erectos por força da excitação, estes estavam protegidos pelo “soutien” mas eu com delicadeza e calma o fui tirando. O “soutien” voou pelo quarto e o meu rosto ávido caiu sobre os seus seios grandes e redondos, as minhas mãos os envolveram e enquanto os apertava ia beliscando com malícia um dos mamilos, lambendo-o em seguida com a minha língua molhada. Ela retorcia-se e agitada mexia-se debaixo de mim como se estivesse em transe… lamber os seus seios já muito molhados pela saliva que deixava era fantástico, tal como era fantástico ouvir os seus gemidos incontroláveis enquanto mamava como uma criança faminta. Eu revezava-me entre eles, ora lambia um ora outro, apertava-os e era tão bom. Um fio de saliva fazia a ponte entre a minha boca sedenta e os seus seios lustrosos. Ela com força puxou-me pelos cabelos e inclinando o seu corpo beijou-me, um beijo ardente e muito molhado… 

- Ahhhhhhhh… gemi alto, senti um arrepio imenso percorrer todo o meu corpo e pude sentir também a minha vagina encharcar ainda mais as minhas cuéquinhas já muito molhadas. 

A sua língua invadiu a minha boca e entrelaçou-se na minha língua, a situação era como se duas espadas se esgrimissem numa luta sem fim. Eu já não estava em mim, tê-la nos meus braços era simplesmente maravilhoso. Com tantas voltas e rebolões uma das minhas pernas encaixou-se entre as suas pernas e fui forçando, encostando mais e mais a minha coxa na sua vagina. Ela já estava também muito molhada, notava-se que a sua excitação estava no auge e eu queria que assim continuasse… a minha coxa molhava-se com o contacto e o semblante da minha amante era de um profundo êxtase, o momento era perfeito e eu fui deslizando as minhas mãos pelas suas costas enquanto as arranhava bem de leve. Ela gemia e lambia os meus seios, enquanto fazia isso eu fui enfiando as mãos por baixo das suas cuéquinhas apertando as suas nádegas. Uau… que rabo maravilhoso. Eu não me cansava de o apertar e afastando as suas nádegas fiz deslizar os meus dedos por entre elas. Virei-a para que pudesse ficar de novo por cima e puxei-a para o meu colo. Voltei a chupar os seus mamilos, ela retorceu-se no meu colo e eu segurando-a pela cintura não a deixava cair… devagar a fui deitando na cama e a minha boca ia saboreando todo o seu corpo. Cheguei por fim ao fundo da sua barriga e com toda a delicadeza fui, com os meus dentes, retirando as suas cuéquinhas. A sua vulva foi ficando exposta e o seu cheiro atraía-me como uma abelha é atraída pelo néctar de uma flor… a minha língua ia lambendo as suas virilhas enquanto as minhas mãos puxavam para baixo aquele pequeno pedaço de tecido que tapava a sua vagina já muito molhada. Os seus fluidos escorriam para fora e molhavam as suas coxas escorrendo para o lençol, adorava o seu perfume e ela puxando-me os cabelos gritou com voz trémula:

- Ai Aléxia… não me tortures mais. Chupa-me por favor!!!

- Calma minha lua. Respondi voltando de novo o olhar para aquela vagina fechadinha e tão linda. 

Eu estava mesmo encantada e adorava olha-la e ainda mais senti-la. Passei a minha mão aberta por ela e depois abri-a um pouco com os meus dedos. Pude ver o seu clítoris inchado, saliente e não aguentei mais… agarrei as suas coxas roliças e com firmeza segurei-a enquanto enterrava a minha cabeça no meio das suas pernas e a minha língua deslizava pela sua cona molhada…

- Ahhhhhhhh… ela soltou um gemido forte estremecendo e tremendo como se estivesse a ter um colapso nervoso.

- Hum… gemi também, que bom é o seu sabor, que delicia é poder saborear este “manjar”.

A minha língua entrava e saia dela tentando penetra-la o máximo que conseguia, o meu nariz roçava no seu clítoris e ela gemia cada vez mais. Eu como louca lambia e esfregava os meus dedos nela até fazer deslizar um deles para dentro dela, depois outro e outro… sim, já a penetrava com 3 dedos e ela levantava as ancas ao ritmo dos meus movimentos que a penetravam sem cessar. A velocidade era alucinante e eu sabia que em breve ela iria explodir num orgasmo violento tais eram os gemidos e os movimentos do seu corpo. As suas mãos seguravam firmemente o lençol e os seus dentes cerrados mordiam de tal maneira o seu lábio inferior que tinha até medo que se magoasse. Caí sobre ela e enquanto lhe enfiava os dedos abocanhei um dos seios lambendo-o, já morta por tanto prazer acabei por lhe morder também o mamilo…

- Aiiiiiiiii… filha da puta!!! Assim matas-me!!!

Ela gritou arregalando os olhos e então explodiu num orgasmo violentíssimo que a deixou com espasmos fortes que pareciam não terminar mais. A sua respiração estava de tal maneira entrecortada pelos tremores que agitavam o seu corpo e pelas sucessivas réplicas do orgasmo, orgasmo que abalou as suas entranhas qual terramoto. Ufa… ela estava desfalecida ao meu lado e respirava ainda de uma maneira estranha, eu estava também deitada e abraçada a ela respirava ofegante, percebi que tinha tido também um orgasmo. Sim, consegui chegar ao clímax sem sequer me terem tocado… o prazer que senti ali ao dar-lhe prazer foi tão intenso que também eu tive um orgasmo. Podia sentir os meus fluidos vaginais a escorrer para fora da minha vagina também muito molhada. Então retirando os dedos que ainda estavam dentro dela levei-os à minha boca e saboreei-os, um por um… que sabor magnifico, salgado e ao mesmo tempo algo ácido. Adoro esse sabor… 

*****

A noite ainda estava para começar, estávamos abraçadas na cama grande de lençóis macios e recuperávamos … eu e ela, ambas nuas ali… segurava na sua mão pousada na minha barriga e as nossas cabeças tocavam-se enquanto olhávamos o tecto do magnífico quarto de hotel. Que iria acontecer a partir dali? O que iria ser de nós? Eu sei, era melhor não pensar… 

Puxei-a pela mão e levei-a para a casa de banho, entrámos no “polibã” gigantesco que parecia saído de um qualquer filme de rainhas ou princesas. A água começou a correr quente nos nossos corpos despidos, suados e agora arrepiados… olhei-a enquanto se molhava e abracei-a virando-a para mim, dei-lhe um beijo no rosto e outro bem de leve nos lábios. Comecei a passar a esponja no seu corpo lindo, perfeito e brilhante pela água que corria. Ensaboei-a fazendo muita espuma e enquanto ela lavava os seus cabelos eu banhava-lhe o corpo nu. Passei pelos seus seios, pela sua barriga, pelas suas pernas e desci até aos seus pés. Regressei depois pelo caminho inverso e parei no centro de todo o prazer para que este ficasse bem limpinho.  
Ela parecia estar a adorar e o certo é que eu também… ela lavou-me também com extrema delicadeza e ao passar na minha vagina parou, começou com um dedo a brincar comigo, ele ia entrando e saindo de mim. Ela olhava-me com uma cara maliciosa e aos poucos comecei a gemer. Encostando-me à parede foi forçando um outro dedo em mim e metia cada vez mais rápido. Eu delirava com tudo isto e o prazer que sentia era já indescritível… eu não ia aguentar muito mais e ela sabia disso, os meus mamilos eram lambidos e chupados como se mos quisesse arrancar e eu gritava em plenos pulmões...

- Ai Nikita, não pares… não pares por favor… vou-me vir!!! Ahhhhhhhh…

Vim-me com extrema violência tendo em conta que era o meu segundo orgasmo em poucos minutos. Os meus fluidos escorriam pelas pernas misturados com a água do chuveiro e as minhas pernas tremiam tanto que não me permitiam aguentar de pé, amparei-me nela e na parede para não cair. Ela abraçou-me e puxando-me ao seu encontro beijou-me com volúpia, eu estava nas nuvens, apesar de estar ainda um pouco trémula segurei os seus seios e fui-os massajando pois este era sem duvida o seu ponto fraco, ela já estava a ficar novamente excitada e eu aproveitei para a colocar debaixo do chuveiro e lambia os mamilos duros sentindo a água escorrer pelos nossos corpos. Baixei-me á sua frente e com a minha língua tocava na sua vagina de onde escorria um mel delicioso, não me fiz rogada e lambia tudo. Ela gemia agarrando os meus cabelos e eu sentando-me passei a lamber em toda a extensão da sua cona maravilhosa. A minha língua viajava incessantemente percorrendo o caminho do seu clítoris até ao seu ânus apertadinho. Sim, a minha língua tentava penetrar o seu cuzinho e ela gemia, gemia demais. Lambia sem parar e ela amparando-se na parede abriu ainda mais as pernas, eu entrava dentro da sua vagina com a minha língua e o meu polegar forçava a entrada do seu ânus. Ela delirava, dizia coisas desconexas e estava em transe por tanto prazer. A minha língua brincava com o seu clítoris e chupava-o avidamente… os seus fluidos eram saboreados por mim sem parar e ela tremia já imenso. Parei de a lamber e chupei o seu clítoris inchado com força e ela desabou num orgasmo potente que me inundou o rosto com todo o prazer. Era tanto que mal conseguia lamber tudo… ela gemia, tremia e por fim caiu ajoelhada no chão. Ficámos encaixadas no que parecia um 69 desconexo… a água caía e nós como duas loucas riamos baixinho mas não tínhamos sequer forças para nos mexermos...
Acabámos o nosso banho e secámo-nos mutuamente entre olhares cúmplices e toques arteiros, de mãos dadas voltámos para o quarto e ao entrar rimo-nos como duas perdidas tal era o estado quase dantesco em que o tínhamos deixado … as roupas estavam espalhadas por tudo o que era sitio e a cama estava de tal maneira desfeita que até o colchão estava à vista.
Arrumámos tudo e fomos para a caminha, dormimos juntas, abraçadas e nuas sentindo o calor que emanava do corpo uma da outra.

*****

A manhã apesar de fria chegou solarenga e os primeiros raios de sol espalhavam-se como fios dourados pelo quarto, o meu despertar foi suave e calmo… o meu dormir foi descansado e relaxante. Espreguicei-me como se há anos não tivesse uma noite de sono assim. Abri os olhos e… como… mas que… não consegui perceber mas estava no meu quarto e sozinha. Não havia hotel, suite, nada…

Tudo havia sido um sonho, o mais perfeito sonho que tive em toda a minha vida… 


Alexandra Miranda (10-10-2011)

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