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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Expurgação - Parte II

Saímos do carro e demos as mãos, sentia-me trémula e esgotada… a noite quente e o susto deixaram-me a suar e ao que parece a ela também. As suas mãos estavam frias apesar do calor mas ao mesmo tempo húmidas como as minhas.
Subimos até ao quarto trocando carícias e beijinhos rápidos num clima dengoso. Assim que entrámos ela pulou na cama e rodou deitando-se de barriga para cima, eu ri-me e olhei para ela embevecida que olhando também me mandou um beijo. Eu corei e disse-lhe:

- “Amor, preciso de um banho quentinho…” - ela interrompeu-me rindo alto com uma expressão admirada. Então disse-me:

- “Quentinho mor?! Está tanto calor que nem o ar arrefece este quarto e você quer tomar um banho quente?”

- “Eu sei mas estou mesmo a precisar, quero lavar até a alma.” - respondi calmamente, baixinho e de uma forma carinhosa. 

Comecei a despir-me devagar e dobrando a roupa que ia tirando, ela olhava-me atentamente e eu sentia o seu olhar penetrante em mim. Senti a minha face ruborizar e fiquei até um pouco envergonhada porque estava apenas de cuequinha e sutiã. Ela riu-se alto e eu perguntei-lhe:

- “Estás a rir de quê?” - afrontada respondi em jeito de pergunta mas um pouco atrapalhada, cobri-me rapidamente e atabalhoadamente com a blusa anteriormente dobrada. 

- “Ai mô, você fica tão linda assim, encabulada e coradinha. Tá linda mesmo.”

Ela falou de uma forma tão suave e carinhosa que me passou na hora o nervosismo e a pequena irritação. Sorri para ela que me sorria também de uma forma tão delicada… então e num impulso atirei-lhe a blusa mas ela desviou-se a tempo e riu ainda mais alto, depois deitou a língua de fora e foi a minha vez de me rir.

- “Vou tomar banho amor, até já.” – disse pegando no meu pijaminha leve e fresco, caminhando em seguida para a casa de banho.

Abri a água e acabei de me despir, entrei por fim no duche, inspirei profundamente e senti-me relaxar até lembrar o momento aflitivo que passámos alguns minutos antes e assim aumentei o calor da água corrente no chuveiro e já se notava o vapor espesso que ia enchendo e envolvendo o pequeno espaço. Eu sentia o meu corpo arder e picar mas nem me importei, precisava mesmo de lavar o corpo e a alma…

…senti uma brisa fresca ao mesmo tempo em que as portas do polibã se abriram. Era ela, nua e linda, que entrando se juntava a mim. Eu, com o vapor, só vislumbrava a sua silhueta mas ela então aproximou-se e entrando para baixo da água escaldante abraçou-me com força e reclamando exclamou:

- “Poxa! Está tão quente mor!”

Eu sorri e apertei-a mais nos meus braços, o meu corpo reagiu instintivamente ao seu toque e fiquei logo arrepiada. Baixei-me um pouco e segurando no seu rosto beijei-a com volúpia e ao mesmo tempo reverência. Estava já entregue a esta menina linda e encantadora e pude sentir as suas unhas arranhar as minhas costas…

Este conto tem continuação...

Alexandra Miranda
** (06-05-2014) **

domingo, 5 de janeiro de 2014

Expurgação - Parte I

Caminhávamos de mãos dadas cruzando a escuridão, a noite quente e aquela “pequena” aventura deixou-nos a ambas afogueadas. Parámos, encostámo-nos ao carro e olhando uma para a outra começámos a rir (sim, somos completamente loucas). Puxando-a delicadamente para mim ajeitei-lhe os cabelos soltos atrás da orelha e passando delicadamente os dedos pelo seu rosto fui acariciando e contornando devagar… ela ajeitou-se na palma da minha mão, e eu fui passando delicadamente o meu polegar pelos seus lábios finos e tão lindos. Ela entreabriu a boca e tocou com a ponta da língua no meu dedo e depois começou a chupá-lo devagar, depois mordeu a pontinha e eu arrepiei-me inteira, abracei-me então a ela e apertei-a com força nos meus braços.
Quando nos soltámos do abraço estávamos as duas um pouco ofegantes e rendidas aos encantos uma da outra. Aproximámos os nossos rostos e demos então um beijo suave, sem pressas, saboreando com calma o gosto uma da outra… ela foi um pouco mais afoita e enquanto deslizava as suas mãos pelas minhas costas fez a sua língua invadir a minha boca, eu apertei-a mais e senti o meu rabo ser apertado com força e fui puxada de encontro a ela… desequilibramo-nos um pouco e ela bateu na lateral do carro, eu aproveitei esse facto e forcei mais o meu corpo de encontro ao dela e senti que aos poucos ela ia ficando molinha nos meus braços, com o joelho abri-lhe um pouco as pernas e encostei a minha coxa na sua intimidade... 
Ela gemeu e separou os seus lábios dos meus soltando um gemido alto. Eu, com isso fui beijando o seu rosto enquanto ela me arranhava as costas…

- “HEI SAPATONAS! QUE MERDA É ESSA?!”

Assustámo-nos e separámo-nos num ápice tentando perceber de onde tinha vindo tão assustador e gutural grito… sentia-mos o coração ainda mais descompassado ao ouvir os passos pesados que se aproximavam de nós… 
Abri rapidamente o carro e correndo à volta deste preparava-me para entrar quando reparei que ela nem se tinha mexido e eu já afetada pelo nervosismo berrei-lhe:

- “Porra, entra no carro… rápido!”

Eu bem sei que fui um pouco ríspida mas na verdade a voz não saiu mais que um sussurro e agora, com a aflição, percebia que tinha sido um erro estacionar num sítio tão escuro e sombrio.
Assim que ela entrou eu arranquei, com os pneus chiando no alcatrão, seguindo a alta velocidade... a viagem demorou um pouco, apesar do hotel ser relativamente perto, mas nenhuma de nós abriu a boca porque estávamos demasiado assustadas para falar.
Estacionei o carro, desliguei o motor e encostei então a cabeça no volante expirando profundamente como se durante todo o percurso não tivesse sequer inspirado um pouco de ar. O meu coração estava acelerado e a cabeça latejava ao ponto de doer.

Ela falou-me então baixinho e pude notar a sua voz embargada:

- “Desculpa amor, fiquei sem reacção.”

Eu olhei na sua direcção e percebi o quão assustada ela estava, isso comoveu-me e respirando fundo disse-lhe:

- “Desculpa-me também amor… fui muito bruta…”

Interrompendo-me pegou na minha na minha mão e puxou-me, eu inclinei-me para ela e olhando-me nos olhos passou a mão livre no meu rosto e acariciando-me. Eu arrepiei-me e aproximei-me mais dela, os nossos lábios tocaram-se e o beijo foi ficando mais e mais intenso. Beijá-la é maravilhoso e faz-me esquecer tudo, mesmo tudo… as nossas mãos eram agora mais afoitas e percorriam incessantemente o corpo uma da outra, os nosso beijos eram loucos e molhados, a nossa língua bailava na boca uma da outra, os nosso lábios eram chupados, mordidos e gemíamos enquanto nos apertávamos e a minha língua se entrelaçava na sua língua… afastámo-nos de repente e ofegantes sorrimos uma para a outra enquanto aguardávamos que a nossa respiração voltasse ao normal.

Este conto tem continuação...

Alexandra Miranda
** (06-05-2014) **