Fantasia passada, dúvida, que me obriga
A questionar tudo o que falo com esta mulher,
E nem sei o que o meu coração quer;
Será a eterna curiosidade que me
faz te desejar?
Ou trata-se apenas de tapar o sol
com a peneira?Porque a vida me prega mais esta rasteira
De fantasiar com alguém que nunca me poderá amar?
Penalizo-me por pensar assim, de
forma tão vulgar,
Vê-la com desejo, com tesão, com
fome de algo diferente,Vê-la com a vã esperança de poder prová-la vorazmente,
E deixar-me levar pela estupidez do sexo pelo sexo,
Enquanto a minha alma se perde
sem conseguir mais voltar,
Deixando-me imbuir do espírito
imaterial de Sappho,Ao implorar-te que me deixes provar o teu delicioso fluxo
Sabendo que jamais em tempo algum, sem ele, me safo.
Devaneios meus, eu sei, bela
Alexia, não duvides,
Talvez noutra encarnação
ficaremos como duas tágides,Quando possuir a nobre voluptuosidade de um corpo como o teu,
E o poder de conquistar, apenas com o delicioso gineceu,
E poder provar do teu néctar doce
e lascivo,
E maravilhar-me de que tudo
aquilo que agora te mostro,É apenas e só mais um pequeno motivo,
Para deixar de amar, pois só me tornando um monstro
Poderei suportar a dor de sentir
falta de algo tão lindo,
E que pediria por tudo nunca mais
desaparecer,O amor que nunca terei, embora anseie sempre obter,
Dou este simples sentimento, do meu âmago, por hora findo.
por Hebitsukai (13 de Janeiro de 2012 - 1:11)
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